quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Do riso e do juízo



Do que se riem estes senhores? Dos anos em que os seus amigos - e eles próprios - nos levaram a quatro resgates? Do próximo resgate que poderá estar para vir?
Estou farto de políticos risonhos que deixam os portugueses na penúria, que se desculpam com os outros que não lhes querem pagar as dívidas, que vão acumulando fortunas em nome do povo, que distribuem as benesses pelos seus apaniguados para se manterem no poder, que querem um Estado forte para promover os amigos do partido e do sindicato e lixar a vida aos cidadãos honrados e íntegros.
Estou farto de um país de políticos falhados e incompetentes que se sucedem sucessivamente na administração da coisa pública, que esbulham o povo e os trabalhadores e quando as coisas correm mal, apenas dizem: é a vida. agora continuamos com a nossa vidinha. fizemos o que pudemos e fomos julgados nas urnas. nenhum outro juízo nos pode ser assacado. Para democratas e democracias destas o melhor era ter a outra ou o outro, que também governavam com a legitimidade que os votos não lhe davam.  
Se calhar é isso: estes cavalheiros estão a rir-se do gozo que lhes dá um Portugal tão macio. eles e a clientela hão-de sair melhor do que entraram. Os portugueses hão de continuar a comer o pão azedo que já lhe estão a amassar.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Ano Novo ou Novo ano

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Ano novo ou novo ano, para todos um amo tranquilo e propício iniciado com poesia:

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade
Há aquela parte que nos acontece, mas deve haver a outra que fazemos com que aconteça: agora e sempre o futuro é aquilo que nós quisermos e o futuro é já hoje.