sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Do tempo e da passagem

   O tempo que passa com a comemoração de um novo ano, seja isso o que for, serve apenas para nos confrontar com os limites da existência e a degradação psicobiológica que enforma todo o percurso da nossa vida tão luminosa e assombrada quanto os contrastes do fogo de artifício que, em simultâneo, deslumbra o olhar e faz estalar os ouvidos, inexuravelmente terminando em esfumada escuridão. Se para os deuses o tempo é um eterno presente, para os homens é apenas um inclinar sucessivo até ao ocaso final. Um tempo que dura e se gasta no perpétuo movimento dos ponteiros que não param.    

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