quinta-feira, 28 de abril de 2011

Para as boas pessoas que para além de todas as trapalhadas, apesar do pessimismo e da desesperança, querem pensar que o mundo é um bom lugar para viver, deixo o seguinte lamento de Miguel Torga:

"Lutara sempre por uma comunidade universal de valores fraternos, por uma ordem social onde a liberdade fosse a lei das leis e a arte o credo dos credos. Mas assistia ao espectáculo degradante de um mundo massificado e agressivo que confundia a liberdade com o seu desejo irresponsável de permissividade e impunidade, incapaz de reconhecer na arte qualquer significação  perene e sagrada. Confiava no triunfo final de um homem livre, ao mesmo tempo singular e convivente, sensível à graça do racional e do irracional, actuando por deliberações lúcidas da vontade e cioso da sua dignidade transcendente".

A crença é para manter, mesmo que esse homem seja cada vez mais uma miragem, mesmo que agradável...

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