domingo, 16 de outubro de 2011

Sobre os indignados

Os indignados ou os jovens precários têm ganho força um pouco por todo o lado. São de facto vítimas - tal como todas as sociedades ocidentais - dos desmandos das democracias que querendo dar tudo a todos, acabam por privar todos de quase tudo...
Os políticos vão e vêm, acrescentam problemas aos problemas e "chutam" para as gerações futuras o preço real da irresponsabilidade dos seus actos.
Apesar de tudo,  o mundo ocidental é muito melhor hoje do que na revolução francesa, na revolução russa ou mesmo no maio de 68... a começar pelo direito a mostrar clectivamente a indignação...
O mundo mudou para um novo paradigma e o trabalho já não pode ser visto como um emprego para toda a vida, onde os poucos que tiverem acesso a ele passam a ter direitos e os outros a ser explorados...
É preciso uma nova atitude. O trabalho executado tem de ser pago a todos da mesma forma e todos enquanto trabalharem têm que ter os mesmos direitos. O trabalho não pode ser temporário para uns e a tempo inteiro para outros, sendo que aqueles que o têm a tempo inteiro exploram os seus semelhantes ao serem remunerados de forma supletiva pelo mesmo trabalho realizado.
Não há volta a dar. Os tempo de hoje não são os mesmos da revolução industrial ou da produção em série do pós guerra. Os ocidentais prescindiram do trabalho para os seus, pois ao tornarem o comércio livre já sabiam o que iria acontecer e agora os seus não querem ser precários e os decisores não sabem o que fazer.
Provavelmente serão forçados, mais tarde ou mais cedo, a regressarem ao proteccionismo... e nesse momento milhões de outros indivídus que apesar de tudo têm beneficiado da "crise ocidental", hão-de regressar às condições miseráveis de vida que ainda conhecem de perto.
Veremos se os próximos tempos nos trazem estadistas de visão alargada que consigam conciliar os interesses em causa e tornar a uma ideia de humanidade onde todos estejam dispostos a partilhar... doutra maneira, a estabilidade dos povos poderá sofrer um sério revés, quem sabe mesmo um conflito em alta escala.

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