domingo, 8 de maio de 2011

Quando o outro sou eu

Neste fim de semana na liturgia católica leu-se uma parte do Evangelho de Lucas, 24, 13-35, episódio conhecido por "Discípulos de Emaús".
Dois discípulos de Jesus caminhavam entre Emaús e Jerusalém, comentando os acontecimentos da paixão e morte do Mestre. São interpolados por Jesus, que não reconhecem, e só sabemos que um deles, chamado Cléofas, falou directamente com Jesus, mesmo sem saber que era Ele .
O outro discípulo não é nomeado, porque Lucas quer pôr no lugar dele qualquer um de nós que se interrogue sobre o sentido desta aparição.
Este texto revela que as coisas simples, mesmo que nos pareçam descaradamente presentes, mantêm-se ocultas aos olhos do corpo e às categorias do entendimento. Mostra ainda que o que é mais essencial para cada um, só a interioridade com o auxílio da sensibilidade as podem tornar mais próximas.
Desta forma, o sentido da vida parece-nos distante porque insistimos em procurá-lo no sentido contrário ao que ele se manifesta.

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